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Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?
Salmo 11:3

Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade.
2 Coríntios 13:8








quinta-feira, 29 de julho de 2010

Cegueira espiritual




A teologia da prosperidade sempre cativou inúmeras pessoas, exatamente pela proposta de sanar todos os problemas, ou seja, riqueza, saúde e bem-estar. Esta teologia surge nos Estados Unidos da década de 40, mas somente na década de 80 ela chega ao Brasil. Mas é a partir da década de 90 que ela ganha fôlego e creio que hoje vivemos o ponto mais alto desta heresia. Num primeiro momento, a igreja brasileira soube resistir aos encantos desta aberração teológica que produziu marcas antibíblicas para autenticar a ação do Espírito Santo na vida das pessoas.
Como explicar a atual situação em que tal abominação ganha cada vez mais espaço? Penso que a proposta vai além de simplesmente ajudar a conquistar coisas, antes, estabelece prioridades ao coração humano. A teologia da prosperidade bem que poderia ser chamada de “teologia da vontade humana”, afinal, é exatamente isso que ela estabelece e contempla, a vontade humana sobre as questões da vida, sejam elas riqueza, saúde ou bem-estar. E o que está em evidência não é a necessidade material, mas o desejo do coração rebelde.
Recorrer ao ensino da Palavra do Senhor é sempre o caminho mais seguro. Aprendemos em Mateus 6.21: “porque, onde está o teu tesouro, aí estará o teu coração”. Percebemos que o coração de muitos que estão na igreja ao está em Deus mas sim, está em si mesmo. O disfarce é a riqueza, a saúde e o bem-estar, mas a realidade é uma idolatria de si mesmo, e esta é a verdadeira e preocupante cegueira espiritual. Outro importante ensino é a maravilhosa declaração de Asafe no Salmo 75: “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra”. Entretanto, muitos estão cegos a esta bendita realidade. Não se contentam em Deus, antes, necessitam de ter o desejo irrefreável do coração satisfeito, e isso a qualquer custo.
Muito se escreveu sobre cegueira espiritual e como devemos fazer para deixar tal cegueira. Ora, isso não é matéria de mérito pessoal, antes é uma matéria que envolve a fé bíblica. Não é fé que poderemos ou faremos, mas é fé no redentor Jesus. Fé nas obras que ele fez. Fé na maravilhosa, perfeita e suficiente obra de salvação, ou seja, fé no autor e consumador da fé, Jesus Cristo (Hebreus 12.2). Pois somente a fé genuína receberá o santo ensino da Palavra de Deus e será por ele devidamente educado, corrigido e exortado a permanecer fiel, ainda que “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado, todavia, eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha salvação.” (Habacuque 3.17 e 18)
Cegueira espiritual está intimamente ligada a rebeldia, pois, o cego espiritual vê a bondade do Senhor, sabe que ele está no controle de todas as coisas, sabe que Deus é justo juiz (Salmo 7.11), entretanto, pela cegueira espiritual (rebeldia), ignora todos estes preceitos, ignora esta bendita realidade, e, por fim, não descansa nos retos caminhos do ensino bíblico, pois tem de satisfazer sua própria vontade em detrimento da Palavra do Senhor.
Não é prudente, não é santo e não é recomendável que os cristãos verdadeiros procedam assim.
O que importa não é a nossa vontade satisfeita, antes importa que a vontade de Deus, mesmo contrariando nossa vontade, prevaleça em nosso coração, norteando nossas decisões.

Um comentário:

Anônimo disse...

necessario verificar:)