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Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?
Salmo 11:3

Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade.
2 Coríntios 13:8








terça-feira, 22 de julho de 2008

Para onde iremos?


Para onde caminha a igreja evangélica? Você já parou para pensar nisso? Afinal, nas últimas décadas, muitas mudanças aconteceram no mundo evangélico, e nem todas as mudanças foram boas.
Vejamos, resumidamente, algumas novidades que surgiram ao longo desses anos: na década de 70 surgiu a “unção do dente de ouro”, e esta passou a ser uma marca de espiritualidade. Obviamente, como acontece com todo modismo, essa heresia passou, e os seus defensores fizeram de conta que nada aconteceu. Na década de 80 mais uma novidade, ou melhor, algumas novidades: o surgimento de novas igrejas (neopentecostais); a ênfase no falar em línguas estranhas (novamente uma nova e estranha marca de verdadeira espiritualidade) e algo que parece ter passado despercebido pela observação crítica: os chamados cânticos de guerra grassaram em praticamente todas as igrejas, entretanto perderam espaço e sua empolgação diminuiu. Na década de 90 surgiu o tal do movimento “G12”, cuja origem, segundo seu próprio fundador, veio do céu, diretamente de Deus, numa “revelação exclusiva a ele”, para dar à igreja uma nova diretriz, uma vez que, segundo o fundador do G12, a “igreja falhou em seu propósito de proclamar o evangelho”!? Mais recentemente, surgiu a “visão-revelação” de que o mundo seria alcançado não mais pela pregação do evangelho (exposição bíblica), mas pelos “ministérios de louvor e adoração”. Por isso, muitas igrejas estão abdicando da excelência da pregação para ter mais tempo de cantar e, assim, cumprir a revelação de que “o mundo será alcançado por meio do louvor”.
Para onde pretendem levar a igreja com tantas novidades a cada nova década inaugurada? Raramente vemos algum pregador mais famoso condenar esses abusos. Raramente vemos os líderes das denominações se pronunciar como verdadeiros “atalaias”, alertando o povo de Deus de que tais crenças e modismos não fazem parte do verdadeiro evangelho do nosso Senhor Jesus Cristo.
O apóstolo Paulo, ao escrever aos coríntios, deixou absolutamente claro que não estava na dependência de modismos carnais, fantasiosos e corruptos para o bem-estar da Igreja, antes, dependeu e confiou plenamente na verdadeira mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo (1Co 2.1-5).
A igreja evangélica não deveria estar em busca de novidades para seu progresso e crescimento, antes, deveria buscar resgatar as verdades eternas já reveladas na Palavra de Deus, sendo esta suficiente para o amparo da Igreja contra a sedução do mundo e as armadilhas de Satanás.
Lembro-me de algumas histórias de colportores que desbravaram o Brasil, ora distribuindo ora vendendo Bíblias. E faziam isso não para ficar ricos, enxergando um bom “negócio”, antes, a sua motivação era a consciência da urgência de anunciar e divulgar a verdadeira Palavra de Deus. Homens simples, outros muito cultos com um só propósito, divulgar a Palavra de Deus.
O profeta Habacuque ficou alarmado em razão do declínio moral e espiritual de Israel revelado pelo próprio Deus (Hc 3.2); também estou alarmado. Tenho visto homens e mulheres (especialmente líderes religiosos) mais preocupados com o bem-estar pessoal, com o status, com a promoção pessoal, com o domínio político do que com o avanço do Reino de Deus.
Neste mundão, a música gospel é um capítulo nada agradável. O cenário musical “gospel” está repleto de gente produzindo música de qualidade duvidosa, letras imorais referentes ao Senhor Jesus, heresias cantadas doutrinando a igreja e, pior de tudo, recebendo prêmios e aplausos do povo evangélico! Aonde iremos parar com tudo isso?
Temos de continuar o trabalho de nossos antepassados! Proclamar a Palavra de Deus, honrá-lo em todas as circunstâncias da vida, negar-nos diariamente em favor de Jesus Cristo e cultuá-lo em espírito e em verdade! Devemos resgatar e anunciar enfaticamente as doutrinas da graça, lembrar a toda a Igreja a bendita doutrina da Soberania de Deus, a excelência da Autoridade e Suficiência da Bíblia, a realidade bendita, única e suficiente da obra de Jesus Cristo na cruz do calvário e a necessidade urgente de anunciar as boas-novas do evangelho integralmente, anunciando a verdade sobre o céu e o inferno.
Para onde iremos? Ainda que o cenário não seja nada agradável, humanamente falando, quero responder a essa indagação lembrando as palavras que se encontram na carta de Judas 3: “Amados, quando empregava toda a diligência em escrever-vos acerca da nossa comum salvação, foi que me senti obrigado a corresponder-me convosco, exortando-vos a batalhardes, diligentemente, pela fé que uma vez por todas foi entregue aos santos.”