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Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?
Salmo 11:3

Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade.
2 Coríntios 13:8








sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Conhecendo Deus

Seus Decretos – parte II 

Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva serôdia que rega a terra.

Oséias 6.3

É curioso ver os especialistas evangélicos constatarem o óbvio, que os evangélicos cresceram muito nos últimos anos, porém, não criaram raízes profundas, e por isso, há muita imaturidade. O fato curioso é que raramente identificam com clareza quais os motivos concretos para tal fenômeno.

Penso que uma das razões pela qual os especialistas evangélicos se negam a identificar especificamente as causas desta anomalia resida no fato de que, tais especialistas seriam contados entre os vários problemas que assolam a igreja.

Um dos erros que mais contribui para o enfraquecimento e a imaturidade da igreja é o desconhecimento da pessoa de Deus e seus atributos.

As pessoas estão por aí, anunciando um deus diferente do verdadeiro Deus revelado nas Escrituras Sagradas. Tais pessoas estão buscando um falso deus, sinceramente, para satisfazer suas exigências carnais, para serem livres pensadores, para dar ordens a este falso deus, para fazer valer suas próprias impressões de vida, de mundo e de crença. O único compromisso deles é com sua própria satisfação. É o hedonismo evangélico, patenteado, distribuído e bem aceito por muitos. Tais pessoas, definitivamente não estão comprometidas com a causa do Reino de Deus, mas com a causa delas mesmas.

Por estas e outras particularidades, devemos proclamar que o verdadeiro caminho do cristão, é conhecer a Deus, conforme ele mesmo se revela em sua Palavra, para sua própria segurança e edificação.

Para a mente distorcida de muitos evangélicos, relembrar ou anunciar os decretos de Deus, segundo revelado em sua Palavra, já é razão suficiente para gritarem em coro que não são robôs, que possuem livre arbítrio ou que não dependem de doutrina e sim do Espírito Santo.

Ora, é esclarecedor observar como os falsos evangélicos querem manter a todo custo sua falsa liberdade. Os que amam verdadeiramente a Deus, amam submeter-se a ele e não querem uma falsa liberdade, antes, almejam cada vez mais serem escravos de Deus, para o serviço dele, no reino que pertence a ele.

Quando nos deparamos com a apresentação de uma doutrina, nossa primeira pergunta deve ser se tal doutrina é encontra na Bíblia. Não apenas em textos isolados, mas se de fato, podemos, sistematicamente, observar em textos diretos e indiretos, se tal doutrina é bíblica. A partir desta constatação, caberá ao crente verdadeiro, suplicar a santa iluminação do Espírito Santo para compreensão e submissão e santa alegria por ser alvo de tão grande dádiva, que é conhecer Deus segundo ele mesmo se revela em sua Palavra.

É maravilhoso estudar e constatar a bendita doutrina dos Decretos de Deus. Conforme bem disse Arthur W. Pink em seu excelente livro “Os atributos de Deus”, o que temos na realidade é um único ato de Deus em que ele ordenou absolutamente todas as coisas, em todas as épocas, fazendo valer sempre sua vontade. Entretanto, em nossa mente finita e manchada pelo pecado, não conseguimos abarcar tal conhecimento. Por isso, falamos sempre em Decretos, pois é assim que nossa mente consegue lidar, ou seja, com eventos e ações sucessivas. Entretanto, Deus não está limitado, nem pelo tempo, nem pela lógica humana, nem limitado por coisa ou evento. Houve um único decreto, uma única decisão.

As Escrituras Sagradas estão repletas de textos diretos e indiretos que declaram com precisão a realidade dos Decretos de Deus, usando expressões como decretos, obra ou propósito, ou ainda, sua vontade. A palavra decreto acha-se no Salmo 2.7. Em Efésios 3.11 encontramos eterno propósito. Em atos 2.23 lemos sobre o determinado conselho e presciência de Deus. Em Efésios 1.9 lemos sobre o seu beneplácito. Estes textos e outros como o precioso Salmo 119, são provas adequadas da existência da doutrina dos Decretos de Deus e outras maravilhosas doutrinas bíblicas.

O cristão ingrato e insolente questionará: o que isso tem a ver comigo? Como isso poder me ajudar com meus problemas?

Na maldade que domina tais corações, sempre haverá uma pergunta centralizadora na própria pessoa, como se o universo inteiro tivesse uma obrigação moral de adulação.

Para aqueles que desfrutam da bendita iluminação, haverá sempre um assombro, um espanto, um adequado senso de pequenez diante daquele que ultrapassa completamente nossos raciocínios, tão elevado é o SENHOR.

No próximo texto veremos mais detalhadamente aspectos específicos da doutrina dos Decretos de Deus.

Jean Carlos Serra Freitas

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