Temos mais um desfecho espúrio dentre muitos desfechos neste País. O assassino do menino de 6 anos, João Hélio Fernandes, ganhou o direito de aproveitar a vida, e pasmem... no exterior, com o dinheiro que sai do nosso bolso. A reportagem, na íntegra, segue logo abaixo.
"Moradia no exterior após pena por morte de João Hélio
Ao completar maioridade e cumprir medida socioeducativa, jovem ganha liberdade e vai viver no exterior, com garantia de casa e identidade novas para recomeçar a vida
Rio - Três anos depois de participar do assalto que resultou na morte brutal do menino João Hélio Fernandes, de 6 anos — arrastado por sete quilômetros em ruas de bairros da Zona Norte —, Ezequiel Toledo de Lima, que na época era menor de idade e hoje tem 18 anos, ganhou a liberdade. Após cumprir a pena socioeducativa, o rapaz voltou para as ruas dia 10.
Foto: João Laet / Agência O DIA
Assaltantes abandonaram carro na Rua Caiari, com o menino já morto, após ser arrastado por 7 quilômetros | Foto: João Laet / Agência O DIA
Mas, temendo represálias e ameaças sofridas, inclusive no do Instituto João Luiz Alves, na Ilha do Governador, onde estava, ele foi morar no exterior com a família. A mãe do rapaz também teria sido ameaçada.
Ezequiel conseguiu, por meio da organização não-governamental Projeto Legal, embarcar para um dos países mais desenvolvidos do mundo com garantia de casa e identidade novas para recomeçar sua vida.
“Nem quero ficar falando sobre este assunto, porque é algo que só nos traz lembranças dolorosas”, afirmou o pai de João Hélio, Élson Vieites.
Após ser preso, Ezequiel confessou participação no crime. Ele teria sido justamente o integrante do bando que fechou a porta com o cinto de segurança pendurado para o lado de fora, onde João Hélio ficou preso e foi arrastado pelo carro.
Na audiência do dia 10, na Vara da Infância e da Juventude, o juiz determinou que ele ingressasse no Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente, destinado aos que estão ameaçados de morte.
A Justiça também determinou que os pais do rapaz entrassem no programa por meio do Conselho de Defesa de Direitos da Criança e do Adolescente, presidido pelo advogado Carlos Nicodemos, diretor da ONG Projeto Legal. Procurado, Nicodemos não foi encontrado."
quarta-feira, 17 de março de 2010
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