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Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?
Salmo 11:3

Porque nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade.
2 Coríntios 13:8








quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Sobre o Espírito Santo



Na confusão de idéias da nossa geração e no frágil conhecimento bíblico que a comunidade evangélica apresenta, vemos resultados lastimáveis e preocupantes sobre o entendimento acerca da terceira pessoa da Trindade, o Espírito Santo de Deus.
Invariavelmente, os cristãos influenciados pelo pentecostalismo e neo-pentecostalismo associam o Espírito Santo somente como aquele que capacita o cristão a falar em “línguas estranhas”, a ter “visões”, ou, na “expulsão de demônios”. Portanto, a atividade do Espírito Santo se distancia cada vez mais do propósito revelado na Palavra de Deus.
Nestes dias de caos, de doenças da alma, é urgente olharmos para as santas instruções da Palavra de Deus. Vejamos então o que a Bíblia diz sobre a atuação do Espírito Santo: Em primeiro lugar, podemos observar claramente, a partir do texto de Gênesis 1, sobre a narrativa da criação, que o Espírito Santo é o responsável pela ordem, pela harmonia da criação. Em segundo lugar, já nas páginas do novo testamento, o Espírito Santo é mencionado por Cristo como aquele que consola: “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;” (João 15: 26). E mais: “mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito.” (João 14: 26). O ensino de Jesus é claro, ou seja, consolo do Espírito Santo e os ensinos de Jesus caminham juntos.
O Espírito Santo que promove a ordem no universo estabelece também a ordem e a harmonia no coração dos eleitos de Deus. O mesmo Espírito que consola os crentes em Cristo é o que faz lembrar os ensinos do Mestre. Portanto, há uma íntima ligação no ato bendito de consolo do Espírito Santo com o ensino de Cristo. E o próprio Senhor Jesus afirmou: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele” (João 14:21). É impossível ao verdadeiro servo de Deus obedercer, amar e se esforçar para seguir os ensinos de Jesus e não se alegrar profundamente pelo fato de estar em harmonia com Cristo. Ora, sabemos que o Espírito Santo é o responsável pela harmonia, e, sendo assim, jamais acontecerá de um verdadeiro servo de Deus ser consolado, sem que o Espírito Santo, de alguma maneira, aplique o ensino de Cristo ao seu coração. O Espírito Santo consola o cristão por meio da aplicação do ensino de Jesus, por meio da aplicação da Palavra de Deus.
O Espírito Santo consola tão somente por meio do ensino, da correção, do regozijo, das promessas e da aplicabilidade do que está registrado na Palavra de Deus. E, podemos fazer nossa alma sossegar, pois o mesmo Espírito Santo que consola é aquele qualificado pela Palavra de Deus como “Espírito de Cristo” (Rm. 8: 9).
O papel central do Espírito Santo consiste em revelar a Cristo e unir-nos a ele e, tal cuidado demonstra verdadeiramente o quanto Deus nos ama, o quanto Cristo se preocupa conosco e o quanto o Espírito zela por nós. Bendito seja o Senhor!

Reverendo Jean Carlos Serra Freitas

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Combatendo a Frieza Espiritual


Quero compartilhar com vocês sobre algo que tem me preocupado muito. E, apesar de parecer uma contradição de termos, é evidente que a frieza espiritual é um mal que permeia o coração de muitos cristãos. E esse mal precisa ser diagnosticado e combatido. E não ousamos aplicar os conceitos seculares de “bem-estar”, pois temos as santas instruções da Palavra do nosso bom Deus. Deveríamos entender por que, ou, qual a razão deste abatimento de alma. E, se pudermos responder sinceramente, estaremos muito próximos de deixar a frieza espiritual para trás e nos alegrarmos em Deus verdadeiramente.
Quando as circunstâncias da vida estão em desacordo com o que almejamos, nosso coração inicia uma rebelião silenciosa e discreta. Não nos conformamos com o andamento da vida! Rebelamo-nos contra aquilo que não se harmoniza com nossas vontades!
Segundo o conceito dos nossos tempos, uma pessoa é espiritualmente fria porque não bate palmas, ou não fala “línguas de anjos”, ou não tem “novas revelações”, ou não dança no culto! Entretanto, devemos lembrar que frieza espiritual é quando o cristão perde sua alegria no Deus Altíssimo; é quando tal alegria não se sustenta somente pela presença de Jesus Cristo; é quando a vida é abruptamente sacudida pelas dificuldades naturais, pelas tribulações, e não sai da boca do cristão “um cântico novo” (Sl 98: 1), porque o coração não está repleto de Deus, afinal, “a boca fala do que está cheio o coração” (Mt 12:34).
O apóstolo Paulo pode nos ajudar a resolver este problema de frieza espiritual. Vejamos o que diz o texto da carta aos Efésios 3: 14-19: “para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.”
O texto nos ensina que nosso homem interior precisa estar fortalecido, mediante a atuação do Espírito Santo de Deus, pois, sem a plenitude do Santo Espírito de Deus, não ficaremos maravilhados com a grandeza de Deus ou com o amor de Jesus Cristo.
O que precisamos como crentes e como Igreja, não é de mais “animação”. Precisamos mais de Cristo e de Sua Palavra. O que precisamos não é que alguém nos “entenda em nossa carnalidade” e compartilhe da mesma frieza. O que precisamos é de uma verdadeira vida de fidelidade e de submissão a Deus e sua Palavra.
Precisamos entender que se não houver alegria plena, única e exclusiva em Cristo, todas as outras coisas nunca servirão, nunca serão boas o suficiente para agradar o coração de alguém que não se alegra, não se contenta em Deus e não busca fortalecer o homem interior, mediante atuação do Espírito Santo de Deus.
Que a plenitude de Deus (Ef. 3:19c) possa alcançar você neste dia para que a sua alegria seja plenamente ouvida numa vida adoração.

Jean Carlos Serra Freitas